HARI SELDON, TRANTOR
Isaac Asimov é um dos meus ídolos literários. Aplico
como consultor os padrões da psico-história e tenho sucesso e resultado. As coisas
mudam quando estão no seu limite e obedecem milhões de possibilidades. Fator de
incerteza, quando maior o numero de humanos, mas correto é o padrão de reação. Adoro
grandes números e é a economia uma prima distante desse modelo de ciência. Porque
a psicologia desempenha um papel melhor e mais apurado sobre os números. Pai dos
eventos humanos em grande escala, sua literatura é um frescor de esperança no gênio
humano...PAULO SOUZA
Obra máxima do escritor Isaac Asimov, a saga da
Fundação inicia-se com a Trilogia da Fundação, escrita na década de 1950. Os
três títulos que a compõem – Fundação, Fundação e Império e Segunda Fundação –
foram eleitos, em 1966, a melhor série de ficção científica e fantasia de todos
os tempos, superando concorrentes de peso como O Senhor dos Anéis, de J. R. R.
Tolkien, e a série John Carter de Marte, de Edgar Rice Burroughs.
Isso não se deve apenas à combinação de conflitos
épicos e tramas profundas, mas também ao grande trabalho de pesquisa e às
referências envolvidas em sua criação. Em Fundação, Hari Seldon – criador da
psico-história, ciência que mescla história, sociologia e estatística para
prever as ações coletivas de grandes populações – previu o fim iminente do
Império Galáctico e arquitetou um plano para que o conhecimento humano
acumulado até então não se perdesse. Um pequeno planeta no limite da galáxia
tornou-se o receptáculo de todas as esperanças da humanidade para reconquistar
sua grandeza.
Mas a Trilogia não encerra a história da Fundação.
Atendendo a inúmeros pedidos de fãs e de seus editores, Asimov escreveu, nos
anos 1980, mais quatro livros que complementam a maior de todas as aventuras da
raça humana. O primeiro deles, Limites da Fundação, foi editado em 2012 pela
Aleph, que agora acaba de lançar Fundação e Terra, dando continuidade à saga.
Os outros dois títulos, Prelúdio à Fundação e Origens da Fundação, serão
lançados em meados de outubro deste ano e em 2014, respectivamente.
Em Fundação e Terra, as dúvidas do Conselheiro
Golan Trevize quanto ao bom andamento do plano milenar de Hari Seldon levam-no
a uma jornada rumo aos limites da galáxia. Seu destino é o planeta que deu
origem a todo o antigo Império, um lugar chamado Terra. Uma missão inglória,
visto que todos os registros da existência desse lugar mítico parecem ter sido
apagados. Com a ajuda do historiador Janov Pelorat e da intrigante Júbilo,
Trevize vaga pelas estrelas tentando solucionar o mistério que pode elucidar a
origem da humanidade e da própria Fundação.
É neste livro que Isaac Asimov inicia uma grande
revisão de todas as suas histórias. Seu próprio grande plano é posto em ação:
unificar toda a sua obra de ficção, que atravessa milênios de história humana,
fazendo com que os fatos ocorridos em livros como Eu, Robô e O Homem
Bicentenário ocorressem na mesma linha de tempo de Fundação.
Isaac Asimov nasceu em Petrovich, Rússia, em 1920. Naturalizou-se norte-americano em 1928. O Bom Doutor, como era carinhosamente chamado pelos fãs, escreveu e editou mais de 500 livros, entre os quais O Fim da Eternidade, Os Próprios Deuses e a série Fundação – que contempla a Trilogia e outros quatro títulos que ampliam a saga –, além das histórias de robôs que inspiraram filmes como Eu, Robô e O Homem Bicentenário. Afora suas mundialmente famosas obras de ficção científica, Asimov alcançou sucesso também com tramas de detetive e mistério, enciclopédias, livros didáticos, textos autobiográficos e uma impressionante lista de trabalhos sobre aspectos variados da ciência. Morreu na cidade de Nova York em 1992, por falência múltipla dos órgãos provocada pelo vírus da Aids, contraído em uma transfusão de sangue realizada durante uma cirurgia em 1983.
Isaac Asimov nasceu em Petrovich, Rússia, em 1920. Naturalizou-se norte-americano em 1928. O Bom Doutor, como era carinhosamente chamado pelos fãs, escreveu e editou mais de 500 livros, entre os quais O Fim da Eternidade, Os Próprios Deuses e a série Fundação – que contempla a Trilogia e outros quatro títulos que ampliam a saga –, além das histórias de robôs que inspiraram filmes como Eu, Robô e O Homem Bicentenário. Afora suas mundialmente famosas obras de ficção científica, Asimov alcançou sucesso também com tramas de detetive e mistério, enciclopédias, livros didáticos, textos autobiográficos e uma impressionante lista de trabalhos sobre aspectos variados da ciência. Morreu na cidade de Nova York em 1992, por falência múltipla dos órgãos provocada pelo vírus da Aids, contraído em uma transfusão de sangue realizada durante uma cirurgia em 1983.
Curiosidades •
A Columbia Pictures detém os direitos de filmagem
de Fundação, tendo contratado o cineasta Roland Emmerich (Independence Day)
para a direção. Porém, desde 2009, não existe desenvolvimento na produção da
película.
• Além dos hollywoodianos Eu, Robô e O Homem
Bicentenário, outros livros de Asimov foram adaptados para o cinema, entre eles
O Fim da Eternidade, que ganhou uma versão tão rara quanto bem comentada,
produzida em 1987 na extinta União Soviética.
• Isaac Asimov escreveu também dezenas de livros de
divulgação científica e, por isso, também exercia o papel de consultor
científico para algumas obras. Foi o que fez, por exemplo, no primeiro filme de
Jornada nas Estrelas para o cinema, em 1979.
• Em 2009, uma cratera de Marte foi batizada com o
nome Asimov, em sua homenagem.
• Mesmo após sua morte, Asimov ainda recebeu pelo
menos um prêmio por uma de suas obras, o Hugo retrô de melhor romance de 1946,
concedido em 1996, por “O Mulo”, sétima história da Trilogia da Fundação, hoje
parte integrante do volume Fundação e Império.
• Disse Paul Krugman, Prêmio Nobel de Economia de
2008, sobre Fundação: “Há uma série muito antiga de Isaac Asimov – os romances
da Fundação – na qual os cientistas sociais entendem a verdadeira dinâmica da
civilização e a salvam. Isso é o que eu queria ser. E isso não existe, mas a
economia é o mais próximo que se pode chegar. Então, como eu era um
adolescente, embarquei nessa”.
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