quinta-feira, 31 de outubro de 2019

O óleo no litoral


Ainda não é possível saber origem do vazamento de óleo, diz presidente
Publicado em 31/10/2019 - 20:53
Por Luciano Nascimento – Repórter da Agência Brasil Brasília




O presidente Jair Bolsonaro disse hoje (31) que ainda não é possível afirmar qual a origem do vazamento de óleo que atinge o litoral do Nordeste. O presidente disse ainda que pode visitar o Nordeste na próxima semana para ver a extensão do dano.

"Nós não sabemos ainda da onde veio esse óleo. O entendimento é de que é um derramamento criminoso, desde o dia 2 de setembro. Os órgãos do governo estão investigando e ajudando na limpeza da praia juntamente com o pessoal da região", disse Bolsonaro durante live semanal no Facebook. "Talvez eu consiga um tempo para ir à Região Nordeste e, quem sabe, junto com a Marinha mergulhar em algum local ou talvez anunciar uma nova medida", complementou.

Ontem (30), o então presidente em exercício, Hamilton Mourão, disse que a investigação sobre o vazamento de óleo que atingiu as praias do Nordeste está próxima de ser concluída e que há a possibilidade de a conclusão ser anunciada ainda nesta semana.

A Marinha investiga atualmente dez navios que poderiam ter sido responsáveis pelo derramamento de óleo. Mais cedo, na saída para o Palácio do Planalto, Bolsonaro já havia comentado a situação. “Não temos nada de concreto ainda, de modo que nada temos a anunciar, infelizmente. Nós do governo estamos empenhados em retirar o óleo que chega na praia”, acrescentou.

As manchas de óleo cru começaram a aparecer no litoral nordestino no fim de agosto. Até o momento, o óleo já atingiu 283 localidades em 98 municípios dos nove estados da região. Os trabalhos de contenção da poluição já recolheram mais de mil toneladas do produto, numa extensão de 2,5 mil quilômetros.
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Edição: Denise Griesinger

segunda-feira, 8 de julho de 2019

Tite comemora vitória no Maracanã


Tite comemora vitória no Maracanã: "Templo maior do futebol"
Publicado em 07/07/2019 - 22:10
Por Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil Rio de Janeiro



O técnico da seleção brasileira de futebol masculino, Tite, concedeu uma entrevista coletiva após a vitória contra o Peru e destacou a importância de vencer no Maracanã lotado. O Brasil foi campeão da Copa América por 3x1, diante do estádio com quase 60 mil pagantes. 
"Eu me tornei técnico da seleção hoje definitivamente. Pelo simbolismo do templo, o templo maior do futebol", disse. "Não tenho adjetivo para traduzir isso, essa felicidade."
O técnico chegou à coletiva com um de seus netos no colo, e enquanto falava, seus netos brincavam no auditório do Maracanã. O técnico se emocionou ao falar da importância de sua família e disse não conseguir ver seu trabalho dissociado dela.
"Não é piegas se emocionar e falar do que é o sentimento. Eu não tenho problema nenhum."
Tite disse que não encara críticas como algo que parte de quem está contra ele. "É do processo democrático, de busca, de crescimento", disse o técnico, que afirmou que existem muitas formas de se jogar bem e ganhar no futebol. "Somos fieis a uma ideia de futebol que é consistente", afirmou.
O treinador do Brasil também criticou a arbitragem e disse que questionou o pênalti marcado a favor do Peru. "O descritério da arbitragem foi notório."
O técnico do Peru, Ricardo Gareca, também concedeu entrevista coletiva e disse considerar que o resultado da final foi justo e que o Brasil é uma solução sólida. Ricardo afirmou que o Peru melhorou desde o início da competição, teve seu momento na partida, mas o Brasil soube aproveitar bem as oportunidades.
¨Somos uma seleção que melhorou e vai melhorar. Se vermos desse ponto de vista, me deixa tranquilo. Isso não quer dizer que não há motivo de superação e de rever, porque temos que melhorar cada vez mais¨, disse ele, que rejeitou rotular o Peru como seleção revelação da Copa América. "É uma seleção experiente. Não se pode dizer que é uma revelação."
O técnico peruano foi questionado sobre a possibilidade de assumir o comando da seleção argentina, país onde nasceu. Ricardo afirmou que, apesar de amar seu país, pretende honrar o contrato que assinou com o Peru até 2021.
"Tenho um contrato com um país que me ofereceu tudo e que me deu tudo", disse ele.
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Edição: Narjara Carvalho
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quarta-feira, 12 de junho de 2019

Copa América


Abertura da Copa América terá 10 minutos de duração e muita tecnologia
Na festa 12 crianças representarão os países participantes do torneio
Publicado em 12/06/2019 - 16:38
Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil São Paulo





O ex-lateral da Seleção Brasileira, Cafu, posa com o mascote da Copa América Brasil 2019, no Estádio do Morumbi, zona oeste de São Paulo.
Com 400 pessoas em cena, 100 músicos e muita tecnologia, a cerimônia de abertura da Copa América vai mostrar o sonho de 12 crianças, cada uma representando um dos países que participarão da competição. Segundo os organizadores da Copa, a história das crianças será contada em duas partes: a primeira, no início, e a segunda, no encerramento da cerimônia, que terá início às 21h10 de sexta-feira (14), no estádio do Morumbi, em São Paulo.
“É a primeira vez, em grandes eventos, que a gente conta [uma história] neste formato [dividida em duas partes]. Desta vez, o Brasil, como anfitrião, convida toda a América do Sul para contar uma história juntos. Os protagonistas serão os 12 países juntos, com os dois convidados [Japão e Catar]”, disse o diretor artístico da cerimônia, Edson Erdmann. “A plateia do estádio vai participar e vai contar a história junto”, ressaltou.
Erdmann lembrou que os espetáculos que abriram a Copa do Mundo, em 2014, e os Jogos Olímpicos, em 2016, contaram a história do Brasil. "Agora teremos ancestrais de todos os países convidados e vamos contar a história da América do Sul”, afirmou.
Durante a cerimônia será cantada a música-tema da Copa América deste ano, Vibra Continente, escrita por Rafinha RSQ, Léo Santana, Karol G e Ovy On the Drums. A canção, que será interpretada por Léo Santana e pela colombiana Karol G, mistura o swing latino e o funk.

A organização ainda não sabe quantos chefes de Estado vão participar do jogo de abertura da Copa América, entre Brasil e Bolívia. Até este momento, apenas o presidente Jair Bolsonaro e o emir do Qatar, Tamim bin Hamad al Thani, confirmaram presença.
Das 12 seleções que vão participar do evento, oito já estão no Brasil, e duas chegam hoje (12): Peru e Japão. As equipes do Paraguai e do Uruguai chegam amanhã (13).

Fachada do Estádio do Morumbi, na zona oeste de São Paulo.
         Estádio do Morumbi, palco da cerimônia de abertura da Copa América 2019 - Rovena Rosa/Agência Brasil
Os portões do Morumbi serão abertos quatro horas antes do início do jogo entre Brasil e Bolívia, marcado para as 21h30. A dica é que as pessoas usem o transporte público e cheguem cedo ao estádio, já que será proibido circular de carro dentro da área de segurança estabelecida ao redor de cada um dos estádios.
Ingressos
O diretor-geral do Comitê Organizador Local, Segundo Agberto Guimarães, informou que torcedores de mais de 117 países adquiriram ingressos para a Copa América no Brasil. Segundo Guimarães, té este momento, mais de 65% dos ingressos foram vendidos, mas a expectativa é de aumento do volume de vendas com o início da competição.
Greve geral
Quanto à greve geral, convocada para esta sexta-feira, dia de abertura da Copa América, Agberto Guimarães, informou que a organização do evento acompanhará de a possível paralisação. “O que posso dizer é que nossas áreas de operação e segurança têm trabalhado em parceria com as instituições governamentais. As ações que devem ser tomadas, devem ser tomadas pelos entes públicos. Não temos autoridade para impedir nada disso. Vamos acompanhar de perto, em parceria. E esperar que tudo aconteça de forma pacífica, sem nenhum problema.”
Competição
A 46ª Copa América, que reúne 12 seleções, será disputada em cinco cidades: Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.
O Brasil está no Grupo A e enfrentará as seleções da Bolívia, Venezuela e Peru. O Grupo B é formado pelas equipes da Argentina, da Colômbia, do Paraguai e do Catar. Fazem parte do Grupo C o Uruguai, o Equador, o Chile e o Japão.

O atual campeão é o Chile. O Brasil obteve seu último título na Copa América em 2007, na Agentina.
Mascote
A mascote da competição é uma capivara, Zizito, cujo nome recebeu 65% dos votos em uma consulta nas redes sociais. A outra opção de nome, Capibi, ficou com 35% da preferência dos internautas.

Nesta quarta-feira, os artistas Léo Santana e Karol G, que interpretarão a música-tema da Copa América na cerimônia de abertura, e o ex-lateral da Seleção Brasileira Cafu, posaram no Morumbi, com a mascote, cujo nome homenageia o maior artilheiro da história da competição, Zizinho, que fez 17 gols e divide a liderança com o argentino Norberto Méndez.

Edição: Nádia Franco
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domingo, 26 de maio de 2019

Respeitando diferenças


STF tem maioria a favor da criminalização da homofobia
Julgamento foi suspenso e será retomado no dia 5 de junho
Publicado em 23/05/2019 - 18:22
Por André Richter – Repórter da Agência Brasil  Brasília








O Supremo Tribunal Federal (STF) formou hoje (23) maioria de seis votos a favor da criminalização da homofobia como forma de racismo. Apesar do placar da votação, o julgamento foi suspenso e será retomado no dia 5 de junho. 

Até o momento, a Corte está declarando a omissão do Congresso em aprovar a matéria e determinado que o crime de racismo seja enquadrado nos casos de agressões contra o público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis) até que a norma seja aprovada pelo Parlamento. 

O julgamento começou em fevereiro e foi retomado nesta tarde com as manifestações da ministra Rosa Weber e do ministro Luiz Fux, também favoráveis à criminalização. Com os votos de Weber e Fux, ficou formada a maioria com os votos de Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, além do relator, Celso de Mello. 

Em seu voto, Rosa Weber entendeu que a Constituição obrigou o Congresso a aprovar medidas para punir comportamentos discriminatórios, que inclui as condutas direcionadas à comunidade LGBT. Segundo a ministra, o comando constitucional não é cumprido desde a promulgação da Carta Magna, em 1988. 

"A mora do Poder Legislativo em cumprir a determinação que lhe foi imposta está devidamente demonstrada. A existência de projetos de lei não afasta a mora inconstitucional, que somente se dá com a efetiva conclusão do processo legislativo", disse. 
Em seguida Fux também concordou com a tese de morosidade do Congresso e afirmou que as agressões contra homossexuais não são fatos isolados. "A homofobia se generalizou, muito embora, quando o STF julgou a união homoafetiva, as cenas de violência explícita homofóbicas diminuíram", disse.

O caso é discutido na Ação a Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) nº 26 e no Mandado de Injunção nº 4.733, ações protocoladas  pelo PPS e pela Associação Brasileiras de Gays, Lésbicas e Transgêneros (ABGLT) e das quais são relatores os ministros Celso de Mello e Edson Fachin.

As entidades defendem que a minoria LGBT deve ser incluída no conceito de "raça social", e os agressores, punidos na forma do crime de racismo, cuja conduta é inafiançável e imprescritível. A pena varia entre um e cinco anos de reclusão, de acordo com a conduta.

Na abertura da sessão de hoje, por maioria de votos, a Corte decidiu continuar o julgamento mesmo diante da deliberação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, que aprovou ontem (22) a mesma matéria, tipificando condutas preconceituosas contra pessoas LGBT. 
Edição: Fábio Massalli