sábado, 30 de julho de 2016

Rio pronto para os jogos



Temer inaugura linha 4 do metrô e diz que Rio 2016 promoverá unidade do país
  • 30/07/2016 16h10
  • Rio de Janeiro
Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil
Em cerimônia hoje (30) na Estação Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca, foi inaugurada oficialmente a linha 4 do metrô do Rio de Janeiro, que liga o bairro da zona oeste a Ipanema, na zona sul, com cinco estações: Nossa Senhora da Paz, Jardim de Alah, Antero de Quental, São Conrado e Jardim Oceânico. O presidente interino Michel Temer, o governador Luiz Fernando Pezão, o governador em exercício Francisco Dornelles e o prefeito Eduardo Paes participaram da inauguração. 



  Presidente interino Michel Temer participa da inauguração da Linha 4 do Metrô no Rio de Janeiro Beto Barata/PR

Temer disse que a inauguração da obra é importante pela pujança do Rio de Janeiro e o entusiasmo com a Rio 2016. “É fundamental que esses Jogos Olímpicos promovam, e promoverão, certa e seguramente, a unidade do nosso país, não só internamente, mas também unidade internacional. Porque o esporte é o melhor meio de unir e reunir as pessoas. As Olimpíadas aqui no Rio de Janeiro geram obras que deixam um legado para a população do Rio de Janeiro. São obras importantes para as Olimpíadas, mas obras que serão utilizadas depois que passarem as Olimpíadas. Basta verificar a linha 4 do metrô, que faz com que as pessoas cheguem muito mais rapidamente às suas casas”.
As autoridades embarcaram em Ipanema e fizeram a viagem inaugural até o Jardim Oceânico, onde a imprensa os aguardava, e foram recepcionados pela Orquestra Sinfônica Jovem do Rio de Janeiro.

Segundo o prefeito Eduardo Paes, a linha 4 vai “economizar” o equivalente a 50 dias por ano para os moradores da Barra da Tijuca. “Estou com um sentimento de dever cumprido. Essa cidade nos últimos anos construiu 150 quilômetros de BRTs. Em 2009, 19% dos cariocas usavam transporte de alta capacidade. Com essa entrega aqui e agora, e com a abertura da TransBrasil, vamos ter 63% dos cariocas se deslocando com transporte de alta capacidade”.

Em sua primeira aparição pública após o tratamento de câncer, Pezão agradeceu o empenho do prefeito para realização dos Jogos Olimpícos. Também agradeceu o empenho do vice-governador no período em que esteve afastado e lembrou o trabalho “fundamental” da presidenta afastada Dilma Rousseff para a liberação de recursos para a obra do metrô.

“Quero aqui, presidente, pedir uma exceção para agradecer à presidenta Dilma, o último ato dela foi liberar recursos para essa obra. O senhor, no primeiro ato, foi também liberar recursos para essa obra. Então, isso mostra o quanto que faz o somar, o integrar as pessoas, o estender de mãos. O senhor é a pessoa talhada para esse momento. O Brasil é um país capaz”.

Pezão destacou que a rede ferroviária terá 120 novos trens e 22 estações revitalizadas. No discurso, Temer brincou que o câncer pode ter feito bem ao governador. “Quero registrar a alegria de reencontrar o Pezão. Há coisas que são maléficas, mas que vem para o bem. Você está melhor do que antes, está até mais bonito”.

Operação
A partir de segunda-feira até a quinta-feira (4), quem tem credenciamento para os Jogos Rio 2016 poderá acessar a linhar 4 sem necessidade de cartão. Durante o período olímpico e paralímpico, apenas os credenciados ou portadores de ingresso para as competições do dia e o cartão RioCard Olímpico poderão usar a linha 4. Os cartões são pessoais e estão sendo vendidos em 35 máquinas de autoatendimento, ao preço de R$ 25 para um dia, R$ 70 para três dias consecutivos ou R$ 160 para sete dias seguidos.

A linha 4 passa a operar para toda a população no dia 19 de setembro, após os Jogos Paralímpicos, e em horário experimental, de 11h às 15h. A expectativa é que até o fim do ano a linha 4 entre em operação total e transporte cerca de 300 mil pessoas por dia. A obra começou em 2010 e custou R$ 9 bilhões.

Após a apresentação para a imprensa das novas estações e da saída para a Lagoa Rodrigo de Freitas da estação General Osório, o secretário de Estado de Transporte, Rodrigo Vieira, explicou que o novo trecho tem 16 quilômetros de extensão, “a mesma extensão de toda a a história do Rio de Janeiro, sendo inaugurado de uma única vez”. Sobre a estação Gávea, prevista no projeto, mas não inaugurada ainda, ele disse que o trecho será concluído até 2018.

“O órgão de licenciamento ambiental entendeu que ela deveria ter duas plataformas, portanto alterou o projeto da estação. Por isso, tivemos que fazer novos projetos e ela saiu do horizonte olímpico. A ideia do governo do estado é retomar as obras na estação Gávea, que está com 42% de execução, e seguir até lá para entrega da estação em 2018. O governo do estado está buscando fonte de financiamento para fazer essa finalização de obra”.

Edição: Carolina Pimentel
Tags 

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Vamos lá Brasil!



Com 462 atletas, Brasil competirá com maior delegação da história na Rio 2016
  • 18/07/2016 20h25
  • Brasília
Marcelo Brandão – Repórter da Agência Brasil

 
O Brasil terá no Rio de Janeiro a maior delegação de sua história em uma Olimpíada. Serão 462 atletas, sendo 209 mulheres e 253 homens. Antes de 2016, a maior delegação do país nos Jogos Olímpicos foi em Pequim 2008, quando 277 atletas (132 mulheres e 145 homens) competiram.

As modalidades majoritariamente individuais com mais atletas representando o país-sede serão o atletismo (67) e natação (33). Modalidades eminentemente coletivas também contribuíram para a quebra desse recorde, com o handebol (28), polo aquático (26) e futebol (36). Segundo o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), a inscrição dos atletas foi feita hoje (18) na Vila Olímpica Rio 2016.

Saiba Mais
"Encerramos uma fase importante da preparação da delegação brasileira. Foi uma longa reunião, onde não deixamos passar nenhum detalhe. O Time Brasil teve a melhor preparação da história, coroada com o recorde absoluto de integrantes de uma delegação nacional em qualquer edição dos Jogos", afirmou o chefe da Missão Brasileira, Bernard Rajzman, ao site do COB.

Dentre os integrantes da delegação que já estão de malas prontas para o Rio de Janeiro, estão algumas potências olímpicas. O ginasta campeão olímpico das argolas, Arthur Zanetti, é um deles. Yane Marques, do pentatlo moderno, que conquistou o bronze em Londres 2012, também tem boas chances de repetir o bom desempenho no Rio. Na canoagem de velocidade, Isaquias Queiroz é outro que pode fazer bonito. No judô, temos a campeã olímpica Sarah Menezes.

 Brasília - Atletas olímpicos participam de cerimônia no Palácio do Planalto Marcelo Camargo/Agência Brasil

A torcida brasileira também deposita esperança de medalhas em esportes coletivos, tanto nas versões masculina como na feminina. Vôlei, futebol e vôlei de praia sempre nos renderam pódio. Além disso, os Jogos do Rio de Janeiro podem significar a redenção para Fabiana Murer. A atleta do salto com vara tem participação destacada em mundiais e jogos Pan Americanos. Após enfrentar problemas nas Olimpíadas de Pequim e Londres, é uma das candidatas ao ouro em 2016.

Em algumas modalidades, o Brasil terá representantes pela primeira vez. Quem for aos locais de disputa poderá ver as equipes brasileiras de badminton, ginástica de trampolim, hóquei sobre grama, golfe e rugby seven. Dessas, o golfe volta ao programa olímpico após 112 anos e o rugby seven fará sua estreia. Vale lembrar que o país, por ser sede, tem vaga garantida em todas as modalidades dos jogos de 2016.
Edição: Carolina Pimentel
 

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Carlos Scliar, venerável



Caixa Cultural inaugura mostra retrospectiva da obra de Carlos Scliar
  • 05/07/2016 21h42
  • Rio de Janeiro


Paulo Virgílio - Repórter da Agência Brasil
Falecido há 15 anos, o gaúcho Carlos Scliar (1920-2001) foi um dos mais importantes artistas plásticos brasileiros do século 20.  Pintor, desenhista, gravurista e ilustrador, com dezenas de exposições no Brasil e nos principais centros artísticos mundiais, atuou também como cenógrafo e roteirista, além de ter sido um ativista político e social.

 Exposição de Carlos Scliar na Caixa Cultural RioDivulgação Caixa Cultural Rio


A trajetória do artista, que a partir dos anos 60 passou a residir em Cabo Frio, na Região dos Lagos fluminense, pode ser vista na exposição retrospectiva Carlos Scliar, da reflexão à criação, inaugurada na noite de hoje (5) na Caixa Cultural Rio de Janeiro. A mostra reúne cerca de 130 trabalhos, entre pinturas, gravuras e desenhos, feitos ao longo de mais de seis décadas.

Com curadoria de Marcus de Lontra Costa, a seleção abrange desde as primeiras pinturas de Scliar, nos anos 1940, até sua produção no final da vida, passando pelas gravuras gaúchas dos anos 50, pela série Território Ocupado até chegar ao álbum Redescoberta do Brasil, considerado a obra definitiva do artista. Em um mesmo espaço, estão os trabalhos que registram a participação política e social de Scliar e os que revelam a beleza dos objetos e vivências do cotidiano.

“Em qualquer técnica, em qualquer período de sua vida, Carlos Scliar é o artista do método e da métrica. A linha é o elemento que organiza a sua aventura artística e, a partir dela, ela constrói formas, acrescenta cores, desenvolve sua poética particular”, diz o curador. Segundo Lontra Costa, o Brasil é assunto permanente na obra de Scliar e nenhum outro artista sintetiza de maneira mais evidente os desafios, os desejos e os dilemas da ação e da estratégia modernista no país.

A exposição Carlos Scliar, da Reflexão à Criação, tem o patrocínio da Caixa Econômica Federal e fica em cartaz até 21 de agosto, com entrada franca. A visitação é de terça-feira a domingo, das 10h às 21h, e a Caixa Cultural fica na Avenida Almirante Barroso, 25, no centro do Rio.

Edição: Fábio Massalli