Empresários
veem infraestrutura como setor com maior volume de investimentos em 2017, diz
pesquisa da Deloitte
Entrevistados da área preveem crescimento de 5% em
suas receitas e investimentos no ano que vem
Luísa
Cortés, do Portal PINIweb
16/Novembro/2016
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O setor de infraestrutura pode
ser aquele a receber o maior volume de investimentos no ano que vem. É o que
diz, ao menos, a pesquisa Agenda 2017, realizada pela Deloitte Auditoria e
Consultoria Empresarial, com 746 organizações brasileiras. Os entrevistados,
que podiam citar cinco segmentos econômicos que receberiam mais recursos em
2017, apontaram rodovias (38%), geração de energia elétrica (35%) e portos
(33%).
O segmento de educação e formação
técnica recebeu 30% das citações para potenciais alvos de investimentos no ano
que vem, seguido por obras urbanas (29%); transmissão e distribuição de energia
(26%); saúde e saneamento (26%); aeroportos (22%); habitação e moradia (21%);
telecomunicações (21%); siderurgia e metalurgia (20%); exploração de petróleo e
gás (19%); ferrovias (19%); segurança (18%); exploração de minerais (14%); e
hidrovias (5%).
Ainda segundo os pesquisados, os
três segmentos com maior impacto sobre os negócios das empresas neste ano e em
2017 serão rodovias, siderurgias e metalurgia e a exploração de petróleo e gás.
Para Othon Almeida, sócio-líder
da área de Market Development da Deloitte, a percepção dos entrevistados pode
ser resultado do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que prevê uma
série de privatizações e concessões de ativos públicos. "Essa percepção
das empresas é positiva, já que a área de infraestrutura é grande geradora de
postos de trabalho e mobilizadora de vultosos recursos. Assim, podemos imaginar
boas perspectivas e uma mudança importante de cenário em relação à geração de
emprego e renda", avalia.
Das empresas participantes da
pesquisa, 14% pertencem ao setor de infraestrutura. A área também corresponde
àquela mais otimista em relação ao ano que vem, já que estima um crescimento de
receitas líquidas de 10%, e aumento de investimentos também na casa dos 10%
para o ano que vem, de acordo com a mediana das opiniões apuradas.
Apesar de ter sido um dos mais
afetados pela atual crise, com previsão de queda de 10% nas receitas líquidas,
segundo a mediana das respostas concedidas, o setor da construção civil prevê
uma reversão na tendência para 2017. Os pesquisados esperam alta de 5% para as
suas receitas e para seus investimentos no ano que vem.