Líder do
PT aponta exagero e ilegalidade em pedido de prisão de Santana
- 22/02/2016 20h43
- Brasília
Iolando
Lourenço – Repórter da Agência Brasil
Afonso
Florence diz que "é evidente" o
interesse
da
Lava Jato em atingir o PT, a presidenta
Dilma
e o ex-presidente
LulaDivulgação/Agência Câmara
O líder do PT na Câmara dos
Deputados, Afonso Florence (BA), criticou hoje (22) a decretação da prisão do
publicitário João Santana na 23ª fase da Operação Lava Jato. Na nova etapa da
operação, deflagrada nesta segunda-feira, é investigada a relação do
publicitário com a empresa Odebrecht, que teria feito repasses financeiros a
Santana no exterior. “É obvio que a decretação da prisão de João Santana
é um exagero, é obvio que há ilegalidade”, disse Florence.
João Santana foi o responsável pelas campanhas da presidenta Dilma Rousseff em 2010 e em 2014 e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição, em 2006.
João Santana foi o responsável pelas campanhas da presidenta Dilma Rousseff em 2010 e em 2014 e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição, em 2006.
Segundo o deputado, ter
instituições de controle externo autônomas é uma conquista, mas é importante refletir
sobre o trabalho que estão fazendo. Para Afonso Florence, essas instituições
têm o dever de investigar, mas com parcimônia e de forma isenta, o que não está
acontecendo hoje. Ele disse que tais instituições tem o dever de investigar,
mas ressaltou: "tem gente vestindo a camisa do PSDB, quando passou num
concurso para agir em nome do Estado. E está agindo em nome de interesses
políticos específicos”.
Perguntado se há interesse da
Operação Lava Jato em atingir o PT, a presidenta Dilma e o ex-presidente Lula,
Florence respondeu que sim. "É evidente. Há um esforço desmedido e ilegal
de agentes públicos para atingir o mandato da presidenta Dilma, a imagem
pública, a pessoa do presidente Lula." Para o deputado, no caso do
ex-presidente, não há nada além de busca malograda de pistas. "Se não
fosse trágico para a democracia e para o patrimônio político brasileiros, seria
cômico, porque é a perseguição do insucesso que tem sido feito por alguns
agentes públicos”, afirmou.
De acordo com o líder petista,
quando há denúncias em delações premiadas na Lava Jato contra pessoas de
partidos de oposição como o PSDB ou o DEM, são mantidas em sigilo e só
divulgadas quando arquivadas. Segundo Florence, foi o que ocorreu com denúncias
contra o ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra, já falecido, e o senador Aécio
Neves (MG). Porém, disse o deputado, quando as denúncias são contra o PT, são
vazadas sem que sejam feitas investigações e sem que haja comprovação.
Questionado sobre quem seriam os agentes públicos que trabalham contra o PT, Florence citou delegados da Polícia Federal, promotores públicos e juízes que atuam na Lava Jato. Reafirmando que, na Lava Jato, o PSDB não é investigado, o líder petista afirmou que estão em andamento “um Plano B, um Plano C, um Z, para impedir Lula de disputar a eleição em 2018. Todo mundo sabe. É óbvio, todo mundo sabe.”
O deputado enfatizou que parece haver interesse em acobertar o PSDB e produzir “um ambiente de condenação prévia, sem nenhum prova, ao PT”. Para Afonso Florence, a imagem da Polícia Federal, do Ministério Público e do Judiciário ficará abalada se não for garantido o tratamento isonômico para todos os cidadãos. "O PT está sendo molestado, acusado sem provas, condenado previamente por busca de indício, de pista. No caso do PSDB, o que existe é a absoluta ausência de investigação. Nesse caso, não há tratamento isonômico.”
Questionado sobre quem seriam os agentes públicos que trabalham contra o PT, Florence citou delegados da Polícia Federal, promotores públicos e juízes que atuam na Lava Jato. Reafirmando que, na Lava Jato, o PSDB não é investigado, o líder petista afirmou que estão em andamento “um Plano B, um Plano C, um Z, para impedir Lula de disputar a eleição em 2018. Todo mundo sabe. É óbvio, todo mundo sabe.”
O deputado enfatizou que parece haver interesse em acobertar o PSDB e produzir “um ambiente de condenação prévia, sem nenhum prova, ao PT”. Para Afonso Florence, a imagem da Polícia Federal, do Ministério Público e do Judiciário ficará abalada se não for garantido o tratamento isonômico para todos os cidadãos. "O PT está sendo molestado, acusado sem provas, condenado previamente por busca de indício, de pista. No caso do PSDB, o que existe é a absoluta ausência de investigação. Nesse caso, não há tratamento isonômico.”
Edição: Nádia
Franco
Nenhum comentário:
Postar um comentário